sábado, 12 de dezembro de 2015

VAMOS FALAR DE JESSICA JONES!




Por quê Jessica Jones? A primeira dúvida que possivelmente ocorra a um não entendido de quadrinhos quando ouviu a notícia de que a Netflix faria uma série da heroína/Investigadora, mais conhecida como a mãe do filho do Luke Cage, mas a pergunta que deveria ser feita, é por quê não? (Desde já deixo claro que eu nunca lí Alias).

Jessica é uma personagem fantástica, criada por Michael Brian Bendis no ano de 2001, que luta contra o esteriótipo da super-heroína padrão, aquelas bem resolvidas, imponentes, mortíferas sem querer ser, Jessica é uma bêbada, debochada, e cheia de defeitos – deliciosamente cheia de defeitos.

A série tem como tema principal, relacionamentos abusivos e estupro, temática bem em presente na agenda de grupos que estudam comportamento humano, principalmente fomentada (a discussão) por frentes feministas, mas tem muitos outros assuntos como relação entre pais e filhos, como se reerguer de traumas...

O Elenco é incrivelmente talentoso, Krysten Ritter encarnou bem a personagem, e magistralmente transmitia sentimentos explorados no texto. Aliás a atriz necessitava de um momento de protagonismo bom de fato. E Mike Colter no papel de Luke Cage é incrivelmente parecido, e após a primeira cena dele como o Herói de aluguel eu não consigo mais imaginar outro ator no lugar dele! Isso só aumenta a expectativa na série solo dele!

David Tennant merece uma atenção especial, seu Ezequiel Killgrave foi um vilão dos mais odiosos que já vi, seu sotaque inglês enriquece muito o personagem, Tennant ainda recuperou muito dos trejeitos do seu Dr. Who, na construção de sua interpretação.

A aparição de outros personagens já conhecidos do universo Marvel também é uma bola dentro. Patsy Walker/Felina (Interpretada por Rachel Taylor), Jery Hogarth (Personagem que mudou de genero interpretada pela eterna Trinity de Matrix, Carrie Anne Moss), Wil Simpson/Nuke (Wil Traval) e Malcom (Eka Darville) dão um tempero especial a trama.

A instigante trama não se furta a apenas apresentar a origem dos personagens, aliás isso é mostrado de forma homeopática, não é o tipo de série para quem não quer compromisso com ela, não pode ser assistida de forma episódica.

Logo se você espera ver uma trama baseada em efeitos especiais e heroísmo digno do Guarani de José de Alencar, fuja dessa série, agora se você deseja uma bela trama densa, violenta, sensual, inteligente e com um humor muito sutil, regada a psicopatias e neuroses delicie-se nessa maravilhosa experiência.

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